domingo, 25 de janeiro de 2009

Geração Digital


Papa à «geração digital»: descobrir «verdadeira amizade» na redePede aos jovens católicos que evangelizem através da internet.

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 23 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI dirige sua mensagem para a Jornada Mundial das Comunicações deste ano, que a Santa Sé publicou hoje, às vésperas da festividade de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, aos jovens da geração digital.

Bento XVI é consciente de que «os jovens perceberam o enorme potencial dos novos meios para facilitar a conexão, a comunicação e a compreensão entre as pessoas e as comunidades», uma descoberta «impensável para as gerações anteriores».

«Os jovens – observa – se sentem à vontade no mundo digital, que se torna menos familiar para muitos de nós, adultos, que devemos começar a entendê-lo e valorizar as oportunidades que oferece para a comunicação.»

O Papa manifesta os «benefícios que as novas tecnologias estão oferecendo às relações humanas».

«As famílias podem permanecer em contato, ainda que seus membros estejam muito distantes uns dos outros; os estudantes e pesquisadores têm acesso mais fácil e imediato a documentos, fontes e descobertas científicas, e podem assim trabalhar em equipe de diversos lugares; também a natureza interativa dos novos meios facilita mais dinâmicas de aprendizagem e de comunicação que contribuem para o processo social.»

O êxito destas novas tecnologias, afirma o pontífice, tem sua raiz na própria natureza humana, no «anseio de amizade» que todo homem tem dentro de si, e «são, no fundo, manifestações modernas da tendência fundamental e constante do ser humano de ir além de si mesmo para entrar em relação com os outros».

Em último termo, este anseio do homem responde ao «chamado divino» que «está gravado em nossa natureza de seres criados à imagem e semelhança do Deus da comunicação e da comunhão».

O Papa acrescenta, contudo, que é necessário que estes meios promovam «uma cultura de respeito, diálogo e amizade», que respeite a «dignidade e o valor da pessoa humana», evitando «compartilhar palavras e imagens degradantes para o ser humano e excluindo, portanto, o que alimenta ódio e intolerância, envelhece a beleza e a intimidade da sexualidade humana ou que explora os fracos e indefesos».

O pontífice reflete especialmente sobre a amizade, tão em auge graças às novas redes sociais criadas pela tecnologia.

«A amizade é uma das mais nobres conquistas da cultura humana – afirma –, uma das maiores riquezas que o ser humano pode ter. Portanto, é preciso ter cuidado por não banalizar o conceito e a experiência da amizade», e não considerá-la «um fim em si mesmo».

Por isso, alerta especialmente os jovens contra o isolamento social, que o uso indiscriminado das novas tecnologias às vezes traz consigo.

«Seria uma pena que nosso desejo de estabelecer e desenvolver as amizades online fosse um obstáculo para a nossa disponibilidade na família, com os vizinhos e com aqueles que encontramos em nossa realidade cotidiana», adverte.

Evangelizar online

O Papa dedica uma parte da mensagem aos jovens católicos, a quem pede que «levem ao mundo digital o testemunho da sua fé», como um novo «lugar de evangelização».

«A vós, jovens, que quase espontaneamente vos sentis em sintonia com estes novos meios de comunicação, corresponde de maneira particular a tarefa de evangelizar este ‘continente digital’», acrescentou.

Explica que ninguém como um jovem pode fazer o Evangelho chegar a outro jovem: «Vós conheceis seus temores e suas esperanças, seus entusiasmos e suas desilusões. O dom mais valioso que lhes podeis oferecer é compartilhar com eles a ‘boa notícia’ de um Deus que se fez homem, padeceu, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade».

«O coração humano anseia por um mundo no qual reine o amor, onde os bens sejam compartilhados, onde se edifique a unidade, onde a liberdade encontre seu próprio sentido na verdade e onde a identidade de cada um seja alcançada em uma comunhão respeitosa. A fé pode dar resposta a estas aspirações: sede seus mensageiros!», conclui o Papa.

Fonte: Zenit

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